Médicos destacam a importância da Campanha Fevereiro Roxo

26 de fevereiro de 2025
Médicos destacam a importância da Campanha Fevereiro Roxo

A proposta é conscientizar a população sobre Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus

O Fevereiro Roxo é uma campanha de conscientização que busca alertar a população sobre três doenças crônicas: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. Essas condições, apesar de distintas, têm em comum o impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Para esclarecer dúvidas sobre essas doenças, os dois médicos especialistas da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP): o reumatologista Dr. Paulo Giacomazzi e o geriatra Dr. Carlos Gazanego, explicam cada doença e a necessidade de as pessoas estarem sempre atentas aos cuidados com a saúde.


Qual a importância da Campanha Fevereiro Roxo?

Dr. Carlos Gazanego (Geriatra)

A campanha reforça a importância do apoio familiar e social aos pacientes, que muitas vezes enfrentam desafios físicos e emocionais. A informação é a melhor ferramenta para promover a saúde e o bem-estar.

Dr. Paulo Giacomazzi (Reumatologista)

O Fevereiro Roxo é fundamental para informar a população sobre essas doenças, que muitas vezes são subdiagnosticadas ou mal compreendidas. A conscientização ajuda a reduzir o estigma e incentiva as pessoas a buscarem ajuda médica ao perceberem sintomas suspeitos.


O que é o Alzheimer e como identificar os primeiros sinais?

Dr. Carlos Gazanego (Geriatra)

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente a memória e as funções cognitivas. Os primeiros sinais incluem esquecimentos frequentes, dificuldade para realizar tarefas cotidianas, desorientação no tempo e no espaço, e alterações de humor e comportamento. É fundamental buscar avaliação médica ao perceber esses sintomas, pois o diagnóstico precoce permite intervenções que podem retardar a progressão da doença.


Quais são os principais sintomas da Fibromialgia e como ela é tratada?

Dr. Paulo Giacomazzi (Reumatologista)

A Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica e generalizada, fadiga, distúrbios do sono e alterações cognitivas, como dificuldade de concentração e memória. O tratamento é multidisciplinar, incluindo medicamentos, atividade física regular, terapia cognitivo-comportamental e técnicas de relaxamento. É importante destacar que a fibromialgia não tem cura, mas o manejo adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.


O que é o lúpus e como ele se manifesta?

Dr. Paulo Giacomazzi (Reumatologista)

"O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune crônica, ainda sem cura, que pode afetar múltiplos órgãos, a exemplo: pele, pulmão, articulações, rins e cérebro. Os sintomas variam de acordo com o órgão afetado, mas os mais comuns são fadiga, dor nas articulações (mãos em especial), lesões avermelhadas na pele (especialmente após exposição solar em região da face, braços e tronco), perda de peso e febre sem explicação (Sem infecção aparente). É uma doença que ocorre majoritariamente em mulheres, especialmente jovens, mas podendo acometer qualquer faixa etária. Por se tratar de uma doença em que a imunidade da pessoa está desrregulada e promove inflamação crônica dos órgãos é importante o diagnóstico precoce e o tratamento com medicamentos imunossupressores (medicações que regulam a imunidade, mas podem diminuir a capacidade do corpo de se defender de infecções) são essenciais para controlar a doença. A inflamação crônica de um Lúpus Sistêmico não tratado pode gerar sequelas irreversíveis, e o tratamento adequado requer boa aderência e disciplina. Apesar da potencial gravidade, o tratamento pode resultar em melhora da qualidade de vida e remissão sustentada, isto é períodos em que a doença não inflama o corpo e está sob controle. É importante frisar a necessidade de cessar o Tabagismo e reduzir exposição solar para evitar que a doença piore. A atividade física é extremamente recomendável e sendo encorajada em quase todos os casos em que a pessoa é capaz de realizá-lo. O acompanhamento regular com Reumatologista é vital, mesmo com a doença em remissão, bem como o acompanhamento com demais profissionais de saúde que se façam necessários".



Como o diagnóstico precoce pode impactar o tratamento dessas doenças?

Dr. Carlos Gazanego (Geriatra)

No caso do Alzheimer, o diagnóstico precoce permite iniciar terapias que podem retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Já para a fibromialgia e o lúpus, o diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações e a estabelecer um plano de tratamento eficaz, reduzindo o impacto das doenças no dia a dia.

Ambos os especialistas finalizam a entrevista ressaltando que é fundamental as pessoas fazerem um check-up anual.


9 de abril de 2025
Você já ouviu falar em Saúde Planetária e Cultura Regenerativa? Acredita que sejam assuntos complexos e muito distantes da nossa realidade? Pois, esses temas estão mais próximos de nós do que imaginamos. Os dois conceitos têm uma abordagem atual com uma visão integrada e multidisciplinar sobre a vida, envolvendo setores como saúde pública, economia, políticas ambientais e inovação tecnológica. “Na verdade, a saúde planetária é a vida. O que se fala hoje sobre a saúde integral está muito relacionada com a natureza humana, mas o ser humano não tem saúde se o resto do planeta não estiver saudável. Se os ecossistemas não estiverem preservados, a vida como um todo, de todos os seres humanos não está garantida. Então, o termo a saúde planetária abrange o sistema que nós vivemos, o nosso sistema de vida”, explica Paulo Sá, Mestre em Ciências da Saúde na área de Gestão e Planejamento de Sistemas de Saúde pela Fiocruz, especialista em Educação Médica, professor de Saúde Planetária e Saúde e Sociedade da UNIFASE/FMP, e Designer de Sociedades Sustentáveis pelo Gaia Education. O equilíbrio ecológico é essencial para garantir o acesso a recursos naturais fundamentais, como água potável, ar puro e alimentos saudáveis. No entanto, mudanças climáticas, desmatamento, poluição e a perda de biodiversidade têm comprometido esse equilíbrio, aumentando os riscos de doenças infecciosas, desnutrição, problemas respiratórios e outros males. “Hoje nós estamos vivendo um sistema degenerativo, baseado no consumo, com alta produção de resíduos. Estamos poluindo o ar, a água, e o solo. Com isso, a biodiversidade fica comprometida. Essas são as consequências desse sistema degenerativo”, comentou Paulo. A boa notícia é que essa realidade pode ser transformada. A adoção de práticas sustentáveis e regenerativas é essencial para preservar os ecossistemas e garantir um futuro saudável para as próximas gerações. Segundo Rodrigo D´Almeida, mestre e pesquisador em Desenvolvimento Sustentável pela UFFRJ e facilitador de Culturas Regenerativas pelo Gaia Education, nós vivemos um momento crucial na história da humanidade. As crises climáticas, o colapso da biodiversidade, e as desigualdades sociais são sintomas de uma desconexão profunda entre nós e a Terra. Mas também estamos vivendo um tempo de despertar, e a cultura regenerativa faz esse convite para a reconexão. “A cultura regenerativa vai além da sustentabilidade. Enquanto a sustentabilidade busca "não causar danos", a regeneração propõe curar, revitalizar, cuidar ativamente da vida — humana e não humana. É sobre habitar o planeta com consciência, afeto e responsabilidade, regenerando os ecossistemas e os vínculos comunitários”, afirma Rodrigo. Diante dessa realidade, a UNIFASE/FMP lançou o curso de extensão “Saúde Planetária e Cultura Regenerativa: Caminhos para a geração de saúde e transformação sistêmica”. As aulas começam dia 26 de abril e as inscrições já estão abertas no site: https://www.unifase-rj.edu.br/extensao/curso-de-extensao/curso/saude-planetaria-cultura-regenerativa O curso é indicado para estudantes, profissionais de diversas áreas, gestores ambientais, educadores, ativistas e líderes comunitários interessados em regeneração e saúde sistêmica e será dividido em 6 módulos, com formato híbrido. A ideia é buscar a compreensão aprofundada dos conceitos de saúde planetária, salutogênese, cultura regenerativa e ecologia profunda. E também, o desenvolvimento de competências para criar ações regenerativas em diferentes escalas. “Essa temática é muito importante, por isso, nós lançamos esse curso que vai durar o ano todo. Ele tem uma carga horária robusta em todos os sentidos. Nossa ideia não é encher as pessoas com informação, mas fazer com que elas reflitam e possam criar o seu mapa regenerativo”, disse Paulo. “O curso de extensão "Saúde Planetária e Cultura Regenerativa" será um espaço vivo de aprendizado, trocas e experiências para quem quer se envolver ativamente na construção de um futuro mais saudável, justo e resiliente”, finaliza Rodrigo.
Por Ana Paula 8 de abril de 2025
Iniciativa promove simultaneamente o bem-estar dos atletas e a formação prática dos futuros profissionais de saúde
7 de abril de 2025
Especialista ressalta que é importante identificar o que causou essa condição
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