Em 2022, uma criança de 6 meses a 5 anos morreu com Covid-19 por dia no Brasil

20 de dezembro de 2022
Em 2022, uma criança de 6 meses a 5 anos morreu com Covid-19 por dia no Brasil

Políticas públicas de vacinação em massa podem evitar novos óbitos

Entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022, o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos diagnosticadas com covid-19. No total, foram 314 óbitos nessa faixa etária no período.

Os dados analisados pela equipe do Observa Infância são os mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e compreendem óbitos em que a covid-19 foi a causa básica e aqueles em que a doença foi registrada como uma das causas associadas.

Em 13 de julho a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da Coronavac em crianças de 3 e 4 anos. Dois meses depois, em 16 de setembro, a Pfizer pediátrica foi aprovada pela agência para uso emergencial em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos.

No entanto, a imunização de crianças contra a covid-19 avança em ritmo lento no Brasil. Segundo dados do Vacinômetro Covid-19 (Ministério da Saúde) analisados pelo Observa Infância em 28 de novembro, apenas 7 de cada 100 crianças de 3 e 4 anos receberam as duas doses da vacina.

Do total de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 403.858 completaram a imunização com a segunda dose.

“Com vacinas disponíveis, podemos considerar a Covid-19 uma doença imunoprevenível. Isso significa que essas mortes podem ser evitadas com uma política pública de vacinação em massa”, afirma a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini.

Observa Infância

O Observatório de Saúde na Infância – Observa Infância é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais. As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/ Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.


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Uma alimentação adequada pode ser uma forte aliada na luta contra o câncer, tanto na prevenção quanto durante o tratamento. Com o objetivo de ampliar o conhecimento e o debate sobre o tema, a UNIFASE vai realizar no dia 28 de abril, das 8h às 16h, o Seminário de Nutrição “Nutrição e Câncer: Ciência, Prevenção e Cuidado”. O evento tem como propósito promover a atualização científica sobre a relação entre nutrição e câncer, abordando aspectos preventivos e terapêuticos, além de estimular o pensamento crítico dos alunos de Nutrição sobre o impacto da alimentação na oncologia. “O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Diante do constante aumento do número de casos e da relação entre hábitos alimentares, estado nutricional e a redução ou o aumento do risco de doenças, é imprescindível nos debruçarmos cada vez mais sobre o tema. A Nutrição tem um papel central nesse processo de enfrentamento, com a possibilidade de melhorias na resposta aos medicamentos, redução dos efeitos colaterais e promoção da qualidade de vida. Destaca-se ainda que uma das principais atribuições do nutricionista é orientar, apoiar e promover hábitos alimentares saudáveis, que certamente podem fazer toda a diferença na vida de seus pacientes”, explica Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição da UNIFASE. O seminário será uma oportunidade enriquecedora para aprofundar conhecimentos e reforçar o papel essencial da nutrição na saúde pública e na vida dos pacientes oncológicos. A professora Thaise Gasser, destaca a relevância da temática e o papel central dos nutricionistas nesse contexto. “Falar sobre nutrição e câncer também é falar sobre a formação dos futuros nutricionistas. Essa é uma área que exige muito mais do que conhecimento técnico: exige sensibilidade, escuta e atualização constante. O câncer não é uma condição única — ele se apresenta de formas diferentes e exige condutas adequadas à realidade da pessoa. Por isso, é essencial que a graduação prepare o nutricionista para lidar com essa complexidade, oferecendo ferramentas para atuar com competência técnica e compaixão. É importante que a pessoa encontre no nutricionista não só alguém que orienta, mas que acolhe, apoia e contribui ativamente para a sua qualidade de vida”, disse ela.  O seminário é voltado para estudantes e profissionais de Nutrição, bem como demais interessados no tema, e contará com palestras que abordam diferentes vertentes do cuidado nutricional em pacientes oncológicos. A programação completa e as inscrições estão no site: https://www.unifase-rj.edu.br/evento-de-extensao/seminario-nutricao-2025