Sabendo da importância da neurociência na educação, a UNIFASE lançou este ano, o curso de pós-graduação em Tecnologias Digitais, Neurociência e Prática Pedagógica.
Ele surgiu da necessidade de analisar de forma mais profunda como as tecnologias digitais trazidas pelo período pandêmico e o pós-pandemia, aliadas à neurociência na educação, podem auxiliar professores na aplicação de técnicas de educação integral.
Veja neste artigo como elas se integraram contribuindo positivamente para a prática da educação.
A neurociência estuda cientificamente o sistema nervoso humano, se relacionando com várias áreas da medicina e também com diversas outras áreas do saber. Ela traz contribuições muito importantes para a educação, pois nos ajuda a compreender como nosso cérebro se comporta diante de um novo conhecimento ou informação.
Portanto, diante dos desafios trazidos pela educação do século XXI e pela transformação digital, é fundamental utilizar os conhecimentos oferecidos pela neurociência para auxiliar professores e profissionais da educação no desenvolvimento de metodologias e técnicas mais inovadoras e eficazes.
A neurociência tem nos mostrado como o nosso cérebro aprende , como fixamos o conhecimento e memorizamos o conteúdo aprendido, além de entendermos também como este se transforma a cada vez que aprendemos algo novo.
Ela tem nos ensinado que aprender traz benefícios para todo o corpo. Segundo essa ciência, o nosso cérebro sofre mudanças físicas e estruturais a cada vez que absorvemos um novo conhecimento, fazendo com que ele se reorganize e se torne mais funcional.
Diante destas informações, a neurociência na educação tem como objetivo ajudar professores e profissionais da educação a criar metodologias e propostas de ensino mais assertivas e adequadas aos estudantes e às diferentes modalidades de ensino.
A tecnologia está inserida em todas as áreas de nossas vidas. Mudou nossos hábitos e nos trouxe um alto grau de independência e autonomia. A forma como trabalhamos, relacionamos, comunicamos e até mesmo como estudamos não é mais a mesma.
As antigas práticas e metodologias educacionais rígidas não funcionam mais em um contexto onde as pessoas estão mais exigentes quanto ao que consomem. Neste cenário, é necessário que a educação seja inovadora e acompanhe o ritmo que o mundo tem nos imposto.
Portanto, as tecnologias digitais podem contribuir de forma muito positiva para a educação superior e a educação básica em geral, pois ajudam a transmitir o conhecimento de forma mais lúdica e estimulante .
As tecnologias digitais são ferramentas que, aliadas à neurociência na educação, promovem o envolvimento físico, emocional e biológico dos estudantes, fazendo com que fiquem mais motivados a aprender e envolvidos com este processo.
Elas despertam o interesse dos alunos e os aproximam ainda mais do conhecimento, fazendo com que sua absorção seja mais fácil e interessante.
Entre as ferramentas disponibilizadas pela tecnologia digital para a educação, estão as plataformas de ensino digitais, os fóruns, os jogos on-line , a gamificação, os sistemas para simulação de atendimento e muito mais.
Um exemplo disso é o uso de tecnologias digitais nas metodologias ativas, onde diversas ferramentas tecnológicas podem ser disponibilizadas para tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico , produtivo e eficaz.
A neurociência na educação nos ajuda a desenvolver metodologias , práticas e técnicas que tem como objetivo estimular nossos cérebros para que eles sejam capazes de absorver e armazenar o maior número de informações e da melhor forma possível.
Confira através de alguns exemplos, como seus estudos contribuem para a prática pedagógica.
Aprender é algo complexo e não se resume a ler e memorizar conteúdos, Na verdade, isso envolve a emoção e a interação, mas também o nível de motivação, a qualidade da alimentação, do descanso, ou seja de todo o contexto no qual uma pessoa está inserida.
Um professor deve ter um olhar mais amplo sobre seus alunos, a fim de ajudá-los a vencer seus desafios de forma individual e coletiva.
Nossos neurônios são capazes de fazer conexões por toda a vida e, como vimos, nosso cérebro se amplia e se reorganiza a cada novo aprendizado.
A partir dessas informações, os professores devem estimular , orientar, propor novas atividades e oferecer condições para que cada aluno exerça suas potencialidades de forma autônoma em um fluxo de aprendizado contínuo.
A neurociência na educação nos mostra que as imposições e punições não educam, mas condicionam. Ao contrário disso, a proximidade entre aluno, colegas e professor, a empatia entre eles, fortalece e facilita o processamento de informações.
Ao aprender, podemos usar todos os canais de comunicação que possuímos, como a visão, a audição, o tato e até mesmo o olfato e o paladar.
No entanto, cada pessoa utiliza um destes canais com mais intensidade , pois ele é sua preferência sensorial neste processo. Por isso, é fundamental utilizar a diversidade dos sentidos em sala de aula para garantir que todos consigam absorver os conteúdos apresentados.
É importante fazer leituras em voz alta, textos escritos, fazer debates, apresentar vídeos, músicas ou fazer jogos e dinâmicas que estimulem os alunos através do canal de comunicação que é mais forte para ele.
As tecnologias digitais são muito bem-vindas para auxiliar nestes estímulos . Os alunos podem, por exemplo, gravar e ouvir podcasts , criar blogs e sites, fazer postagens em redes sociais ou trabalhos compartilhados através de plataformas digitais
Nosso cérebro trabalha melhor quando é estimulado em seus dois hemisférios. Por isso, é importante usar as emoções como ferramenta de aprendizagem. Quando um educador integra emoções e informações no processo de aprendizagem, ele faz com que os conteúdos sejam fixadas de uma forma mais eficaz e consistente.
Ele pode, por exemplo, usar a emoção para reverter um quadro ou pensamento negativo que impede um aluno de aprender. Assim, ele conseguirá que ele se sinta mais confiante, melhore sua autoestima e aprenda melhor.
É necessário que o educador proponha atividades desafiadoras , motivadoras, mas que sejam adequadas ao perfil de cada aluno e ao contexto onde estão inseridos.
Tanto as atividades com alto grau de dificuldade, como as de baixo grau, podem ser desestimulantes se aplicadas para o público errado. Sem o estímulo correto, não haverá interesse e o cérebro não vai absorver.
Portanto, a falta de atenção não significa indisciplina ou que um aluno tenha dificuldade para aprender. Talvez ele apenas não esteja recebendo o estímulo correto e que coloque seu cérebro para trabalhar.
Aprender significa saber integrar informações, relacioná-las, ressignificá-las e refletir sobre elas.
Por isso, o cérebro precisa receber informações através de diversos pontos de ancoragem, para absorver conteúdos e construir um aprendizado real, ao invés de simplesmente memorizar informações que serão esquecidas ao longo do tempo.
É fundamental que os profissionais se especializem para atuar dentro desta nova realidade, onde a neurociência na educação e as novas tecnologias digitais oferecem excelentes soluções para a prática pedagógica.
The post Neurociência na educação: contribuição para a prática pedagógica appeared first on Unifase.
Não quer perder nada? Assine já a nossa newsletter e receba nossos conteúdos exclusivos em seu e-mail.
Cadastro realizado com sucesso!
Desculpe, houve um erro ao realizar seu cadastro.
Tente novamente mais tarde.
Copyright © UNIFASE. Todos os direitos reservados.