Por Ana Maria Rodrigues dos Santos, coordenadora de EAD da UNIFASE.
Nunca mais seremos os mesmos após termos atravessado esse período de pandemia, que nos mostrou várias possibilidades e oportunidades. As adaptações, os desafios e as transformações que nos foram impostas vieram para ficar.
De acordo com Santos (2020) [1] , a pandemia e a quarentena revelaram alternativas possíveis e as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando necessário para o bem comum. Algumas dessas alternativas em educação são expansão das tecnologias, olhar sem preconceito para atividades a distância, criatividade no planejamento do ensino, uso de metodologias ativas e diferentes atividades avaliativas, dentre outros.
Algumas Instituições de Ensino Superior que já faziam amplo uso da tecnologia, ofereciam ações educacionais sobre este tema para os professores e possuíam um ambiente virtual de aprendizagem, como é o caso da UNIFASE/FMP, conseguiram se adaptar com mais rapidez, ainda que com muito trabalho, esforço e comprometimento de toda comunidade acadêmica.
Atividades a distância começaram a ser vistas com outros olhos, sendo menos discriminadas. Muitos professores as experimentaram e gostaram! Conheceram sua potencialidade e ficaram menos resistentes à tecnologia. Perceberam que não se trata apenas de entrega de conteúdo, de repositório de materiais didáticos e sim uma possibilidade de aplicação de metodologias ativas, de incentivo ao protagonismo dos alunos e de desenvolvimento de competências técnicas e de soft skills (competências sociais e emocionais).
A prática docente, para aqueles que estão encarando esse momento como uma oportunidade de aprendizagem, não será mais a mesma. O ensino remoto nos convida a repensar muitos aspectos. A avaliação é um deles. Será que o modelo baseado em provas realmente é eficaz? A avaliação formativa, ou seja, ao longo do processo de aprendizagem, deve ser mais considerada e as plataformas de aprendizagem são eficazes para isso: o feedback do professor fica registrado, a comunicação é rápida e organizada e há muitos instrumentos para monitoramento do caminhar dos estudantes.
A exposição do conteúdo como única forma de ensinar foi colocada em cheque! Sabemos que isso não é de hoje, mas o uso de plataformas digitais veio para iluminar essa questão. Aulas expositivas não podem ser a única estratégia utilizada em uma aula.
O futuro, que já é agora, aponta para que modelos mais disruptivos sejam adotados em educação, personalizando o ensino, respeitando as diversidades e as diferenças, estimulando a participação ativa do aluno, adotando a integração interdisciplinar e intercursos a partir de projetos integradores e utilizando a abordagem híbrida, de forma planejada e eficaz. A tecnologia pode atuar como catalizadora desse processo.
Há também alguns recursos inovadores a serem explorados no processo educacional: inteligência artificial (capacidade de uma máquina simular o raciocínio humano), realidade virtual, realidade aumentada e Internet das coisas (sistema que conecta objetos a Web). Mas sempre a partir de objetivos educacionais bem delineados e participação ativa dos docentes e discentes.
Mas tudo isso não será implantado de imediato. O caminho é longo. A pandemia deu um passo, resta-nos, agora, continuarmos a caminhada, para que a tecnologia seja utilizada de forma crítica e consciente no processo educacional.
[1] SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina, 2020, p.29.
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