Pesquisa realizada em parceria pela UFRJ, Fiocruz e Instituto Vital Brazil conseguiu produzir anticorpos que neutralizam a ação do novo coronavírus, através da soroterapia equina. Os cientistas brasileiros utilizaram uma proteína presente no vírus, a Spike ou proteína S, reproduzida artificialmente em laboratório, para induzir a produção de anticorpos pelos cavalos. A ideia é usar esses anticorpos no tratamento de pacientes em fase inicial, com alta carga viral, para reduzir a gravidade e o impacto da doença no organismo, por meio da imunoterapia. A soroterapia é um tratamento usado, há décadas, contra doenças como raiva, tétano e picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos, como aranha e escorpiões. Após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), o grupo vai iniciar os testes clínicos em pacientes. O pesquisador Victor Augusto Roncaglia Pereira, da UFRJ, fala sobre o potencial de aplicação da soroterapia no tratamento da covid-19, revelado pelo estudo.
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