21 de maio de 2025
A UNIFASE/FMP marcará presença na Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais (CLACSO), considerada o maior e mais relevante encontro acadêmico e político das Ciências Sociais e Humanidades a nível mundial. A edição de 2025 ocorrerá entre os dias 9 e 12 de junho, em Bogotá, na Colômbia, com o tema “Horizontes e Transformações para a Igualdade”. A professora Gleicielly Braga, docente de Extensão da UNIFASE/FMP, teve seu trabalho aprovado e apresentará o estudo intitulado “Refletindo sobre a Extensão Universitária nas lentes da Florestania de Ailton Krenak”. A investigação propõe uma reflexão profunda sobre as práticas extensionistas da instituição, inspirada no conceito de Florestania , desenvolvido pelo pensador indígena Ailton Krenak. Segundo a professora, a extensão universitária vivida na UNIFASE/FMP é como uma floresta viva: “A extensão sentipensante, vivenciada aqui na instituição é diversa, afetiva e resistente”. A docente destaca que essa abordagem não se limita a levar conhecimento às comunidades, mas sim a escutar, respeitar e aprender com os saberes ancestrais e territoriais. “Ao nos abrirmos para as vozes silenciadas e para os encontros nas encruzilhadas, nossa prática extensionista se transforma em um exercício de cuidado, de democracia cotidiana e de construção de mundos possíveis”, afirma. O trabalho propõe ainda uma reconfiguração do papel da universidade, que deixa de ser um polo unidirecional de saber para se tornar parte ativa de uma rede de trocas, vínculos e escuta sensível. “Cuidar não é apenas atender, mas reverenciar a vida do outro, compreendendo sua trajetória, trocando saberes e respeitando sua história”, complementa Gleicielly. A CLACSO 2025 reunirá pensadores, investigadores, docentes e líderes sociais de todo o mundo para debater e construir propostas em torno dos eixos Democracias, Resistências, Comunidades, Direitos e Paz. Ainda de acordo com a professora, esse movimento da internacionalização da experiência extensionista desenvolvida na UNIFASE/FMP tem um reflexo profundo na formação dos alunos. Segundo ela, quando os estudantes veem a prática ser reconhecida e ecoando em outros territórios, eles passam a compreender que estão inseridos em um movimento maior que ultrapassa muros institucionais e fronteiras nacionais. “Participar dessa Conferência mostra aos nossos alunos que o que eles fazem no território, em contato com quilombos, com a floresta, com os becos da cidade ou com os corredores das unidades de saúde, é relevante, potente, e precisa ser ouvido no mundo. Isso os forma não apenas como profissionais mais preparados, mas como sujeitos mais atentos à pluralidade, à escuta, ao cuidado, à justiça. E, sobretudo, como semeadores de futuros possíveis”, conclui a professora.