Pesquisa revela que a vacinação no Brasil contra difteria, tétano e coqueluche não atinge a meta desde 2013

25 de novembro de 2022
Pesquisa revela que a vacinação no Brasil contra difteria, tétano e coqueluche não atinge a meta desde 2013

O levantamento realizado pelo VAX*SIM, estudo do Observa Infância do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), em parceria com a Fiocruz, que monitora a cobertura vacinal em crianças menores de 5 anos no Brasil, revela que a cobertura de uma das vacinas mais antigas do calendário básico infantil no país está em queda constante há nove anos. Desde 2013, o Brasil não atinge a meta de 95% das crianças menores de um ano vacinadas com a tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

Junto com as vacinas contra sarampo, poliomielite e formas graves de tuberculose (BCG), a tríplice bacteriana inaugurou o calendário básico de imunização infantil no Brasil, em 1977, e fez parte da rotina de cuidados de várias gerações de bebês no país.

Em 2021, apenas 75% das crianças menores de um ano receberam o imunizante, a segunda menor taxa desde 1996. O recorde negativo foi registrado em 2019, quando 73% da população-alvo foi vacinada com a DTP.

“A queda na cobertura da DTP acende um alerta para o retorno de casos graves das doenças contra as quais a vacina protege, que podem levar a óbitos. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) apontam que, entre 2012 e 2021, 28 crianças entre seis meses e três anos morreram de coqueluche no Brasil. Já o tétano, matou outras três, enquanto a difteria fez cinco vítimas nessa faixa etária no período analisado”, aponta a pesquisadora Patrícia Boccolini, coordenadora do Observa Infância.

Os dados apresentados sobre a cobertura vacinal no país são do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), analisados pelos pesquisadores do VAX*SIM, estudo coordenado pelo Observatório de Saúde na Infância – Observa Infância da UNIFASE/FMP, em parceria com a Fiocruz.

A baixa adesão à vacinação com a DTP também aponta para outro problema. “A vacina é um indicador de acesso aos serviços de saúde, uma vez que deve ser administrada dentro dos dois primeiros meses de vida do bebê, quando visitas ao pediatra são mais frequentes e o acompanhamento por profissionais de saúde da atenção básica é mais intenso”, finaliza Boccolini.

 

 

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Uma alimentação adequada pode ser uma forte aliada na luta contra o câncer, tanto na prevenção quanto durante o tratamento. Com o objetivo de ampliar o conhecimento e o debate sobre o tema, a UNIFASE vai realizar no dia 28 de abril, das 8h às 16h, o Seminário de Nutrição “Nutrição e Câncer: Ciência, Prevenção e Cuidado”. O evento tem como propósito promover a atualização científica sobre a relação entre nutrição e câncer, abordando aspectos preventivos e terapêuticos, além de estimular o pensamento crítico dos alunos de Nutrição sobre o impacto da alimentação na oncologia. “O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Diante do constante aumento do número de casos e da relação entre hábitos alimentares, estado nutricional e a redução ou o aumento do risco de doenças, é imprescindível nos debruçarmos cada vez mais sobre o tema. A Nutrição tem um papel central nesse processo de enfrentamento, com a possibilidade de melhorias na resposta aos medicamentos, redução dos efeitos colaterais e promoção da qualidade de vida. Destaca-se ainda que uma das principais atribuições do nutricionista é orientar, apoiar e promover hábitos alimentares saudáveis, que certamente podem fazer toda a diferença na vida de seus pacientes”, explica Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição da UNIFASE. O seminário será uma oportunidade enriquecedora para aprofundar conhecimentos e reforçar o papel essencial da nutrição na saúde pública e na vida dos pacientes oncológicos. A professora Thaise Gasser, destaca a relevância da temática e o papel central dos nutricionistas nesse contexto. “Falar sobre nutrição e câncer também é falar sobre a formação dos futuros nutricionistas. Essa é uma área que exige muito mais do que conhecimento técnico: exige sensibilidade, escuta e atualização constante. O câncer não é uma condição única — ele se apresenta de formas diferentes e exige condutas adequadas à realidade da pessoa. Por isso, é essencial que a graduação prepare o nutricionista para lidar com essa complexidade, oferecendo ferramentas para atuar com competência técnica e compaixão. É importante que a pessoa encontre no nutricionista não só alguém que orienta, mas que acolhe, apoia e contribui ativamente para a sua qualidade de vida”, disse ela.  O seminário é voltado para estudantes e profissionais de Nutrição, bem como demais interessados no tema, e contará com palestras que abordam diferentes vertentes do cuidado nutricional em pacientes oncológicos. A programação completa e as inscrições estão no site: https://www.unifase-rj.edu.br/evento-de-extensao/seminario-nutricao-2025
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